Nossos ancestrais costumavam ter uma verdadeira farmácia natural no quintal ou na cozinha em casa. As plantas medicinais, frescas (recém colhidas do jardim), ou desidratadas, serviam como base para uma série de preparos fitoterápicos para prevenir ou tratar uma infinidade de doenças físicas e emocionais.
Sejam em forma de chás, garrafadas, tinturas, xaropes caseiros, resinas, óleos vegetais, unguentos e pomadas ou cataplasmas, as plantas eram verdadeiras aliadas nos cuidados naturais e preventivos das doenças. Na verdade, eram a única solução!
Em tempos em que nos grandes centros urbanos existe uma farmácia em cada esquina, utilizar as plantas medicinais para compor seus próprios remédios caseiros, tornou-se uma espécie de “regresso às origens”, de “retomada à ancestralidade” ou melhor, de autonomia para escolher qual tratamento melhor cabe em determinados momentos. Acredito que a fitoterapia e a alopatia possam co-existir em harmonia e com equilíbrio. Definir como tratar um resfriado ou uma dor de cabeça é algo que deveria ser simples.
É claro que nem todas as doenças devem ser tratadas com plantas medicinais. Ainda assim, muitos casos simples podem ser resolvidos com chás e outras formas de uso fitoterápico das plantas. Certamente, existem inúmeras plantas medicinais e especiarias muito úteis para termos por perto. E aqui vai uma listinha básica para a sua farmácia caseira ficar ainda mais completa.
Alecrim: Destaca-se como estimulante da concentração, cognição e memória. É excelente para queda de cabelo e caspa. Não é indicado para crianças pequenas.
Alfazema: antidepressivo, ansiolítico, enxaqueca, dor na coluna, problemas respiratórios;
Óleo de Arnica: contusões, golpes, hematomas, dores reumáticas (uso externo);
Boldo: estimulante da digestão, problemas gástricos, afecções do fígado (é abortivo);
Camomila: calmante, antidepressivo, cólicas mestruais, dor de estômago, diarreia é ótimo para bebês a partir de 6 meses e crianças pequenas – e para mulheres que amamentam);
Óleo de copaíba: bronquite, tosse, inflamação na garganta, dermatites, cicatrizante (uso externo);
Óleo de andiroba: repelente natural, tosse, gripe, pneumonia, dores reumáticas, edemas e torcicolo (uso externo);
Erva-doce: azia, má digestão, gases, dor de barriga (é ótimo para bebês a partir de 6 meses e crianças pequenas – e para mulheres que amamentam);
Erva-cidreira: são muitas as variedades de cidreiras, mas no geral elas têm as mesmas indicações (insônia, ansiedade, depressão e redução do estresse);
Espinheira-santa: auxiliar no tratamento de gastrite, gases intestinais, hiperacidez, ulceração do estômago, analgésica, cicatrizante;
Gengibre: tem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas que protegem o nosso organismo de infecções;
Gervão: tônico estomacal, diurético, febres, problemas hepáticos crônicos, expectorante.
Guaco: tosses secas e carregadas, asmas, bronquite, febre, gripes e resfriados;
Jatobá: Pneumonia, bronquite, anemia;
Orégano: potente antibiótico natural. Seu óleo essencial trata herpes e outros ferimentos. O chá e útil em casos de cólicas abdominais e mestruais, gases, dor de cabeça e enjoos.
Para quem deseja adquirir as plantas desidratadas, certifique-se de que os estabelecimentos tenham boa rotatividade. Confira a data de validade e se a embalagem está bem vedada. Mantenha as ervas secas em potes de vidro limpos e bem vedados e longe da luz do sol. A indicação é utilizar a erva desidratada em até seis meses.
