O clima no mundo está mudando rapidamente, ameaçando o crescimento, a produtividade e os nutrientes de verduras, legumes e outros vegetais destinados a alimentação humana. Vários estudos científicos têm divulgado evidências robustas de que as mudanças climáticas já estão afetando não somente o crescimento, mas, sobretudo, o valor nutricional do arroz, do trigo e da soja.
As verduras e legumes, esses que adquirimos nas feiras, hortifrutis e mercados, também estão sendo afetados diretamente pela irregularidade climática, que afeta os ciclos de plantio, o tempo de colheita e, sobretudo, o teor de vitaminas e sais minerais.

nas verduras e legumes
Pesquisadores relatam que os níveis elevados de dióxido de carbono na atmosfera impactam significativamente a quantidade e o valor nutricional dos alimentos de origem vegetal. Com a elevação dos nos níveis de CO₂ na Terra, esses alimentos estão perdendo a concentração de proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Explicando melhor, o estresse térmico e hídrico enfrentado no planeta e as altas temperaturas, além de secas e salinidade podem impactar na absorção e no acúmulo de minerais e proteínas em plantas, além de alterar o perfil de fitoquímicos das espécies.
Nesse contexto, pode-se afirmar que as mudanças climáticas põe em risco a segurança alimentar das populações mundiais, pois impactam a qualidade nutricional e os compostos bioativos em alimentos de origem vegetal. Esse cenário afeta diretamente a viabilidade de culturas específicas em certas regiões e influencia os padrões alimentares das populações; alterando, dessa forma, a disponibilidade de recursos alimentares essenciais para a subsistência.
Não existe uma única solução para resolver este complexo problema global de ordem ambiental, social e econômico. No entanto, investir no cultivo, na divulgação e no acesso (de forma justa e igualitária) de espécies vegetais alimentícias resilientes, de baixa manutenção e resistentes às mudanças climáticas, é uma alternativa viável, inteligente e eficaz. Inclusive, fontes alimentares não convencionais (que estão fora dos sistemas alimentares atuais), como as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) e as algas, estão sendo exploradas como soluções sustentáveis para a nutrição futura.
As PANC são consideradas alimentos do futuro, mas também do presente. Essas espécies são ricas em princípios nutracêuticos e micronutrientes importantes para a segurança alimentar e nutricional. Quer saber mais sobre as PANC? Neste blog eu apresento algumas espécies seguras para consumo e fáceis de identificar na natureza ou de cultivar no quintal de casa.
Referências bibliográficas
- NATH, Ishan. Mudanças climáticas, o problema alimentar e o desafio da adaptação por meio da realocação setorial. Journal of Political Economy , v. 133, n. 6, p. 1705-1756, 2025.
- YASEEN, AA et al. Mudanças Climáticas e Seu Efeito no Valor Nutricional: Uma Revisão. Em:
Série de Conferências do IOP: Ciências da Terra e do Meio Ambiente . Publicações do IOP, 2025. p. 012163. - ŠOLA, Ivana et al. Mudanças climáticas e alimentos vegetais: A influência de estressores ambientais em metabólitos vegetais e futuras fontes de alimentos. Foods , v. 14, n. 3, p. 416, 2025.
Amiga querida , que delícia e te ler !!!
Que essas cartas sejam cápsulas doiradas que seremos agraciados!
Obaaaaaaaa
Obrigada pelo carinho, Lissa! Que essas cápsulas sejam multiplicadas pelo mundo. Beijos!