Canela-de-velho para dores reumáticas e articulares

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Marilua Feitoza

  • Nome científico: Miconia albicans (Sw.).
  • Sinonímia: Melastoma albicans Sw, Acinodendron albicans (Sw.).
  • Nome popular: Canela-de-velho, maria-branca, lacre-branco, folha-branca.
  • Família botânica: Melastomataceae.
  • Parte medicinal: Folhas, casca do tronco e frutos.
  • Formas de uso: Chá, tintura, pomada e óleo vegetal para uso tópico.
  • Indicações: Artrose, osteoartrite, artrite reumatoide, dores de coluna e dores musculares.
  • Contraindicações: Não há indícios de toxicidade relevante, alguns pesquisadores pedem cautela em plantas que estão em regiões de solo com grande quantidade de alumínio.
Galhos, folhas e frutos da canela-de-velho são medicinais. Foto: Mauricio Mercadante

A canela-de-velho (Miconia albicans) é um arbusto medicinal da família Melastomataceae, nativo do Cerrado e da Mata-Atlântica, cujas folhas têm sido amplamente comercializadas para o preparo de chás. Devido à grande similaridade morfológica entre as espécies do mesmo gênero botânico, erros de identificação são comuns, até mesmo entre especialistas. Por isso, é importante ter certeza da identificação antes de consumir a planta.

A canela-de-velho é um tesouro da flora medicinal brasileira. Suas folhas, cascas e frutos possuem alto poder anti-inflamatório e analgésico no combate a dores articulares e reumatismo. Tradicionalmente, o chá da planta é ingerido para tratar artrite, artrose, reumatismo e osteoartrite, podendo ser utilizado topicamente, por meio de pomada, compressa e tintura medicinal.

Seu efeito anti-inflamatório e analgésico está diretamente ligado à presença abundante de flavonoides, ácido ursólico e ácido oleanólico. Além disso, devido aos seus efeitos antioxidantes, o chá ou a tintura das folhas e cascas ajudam na prevenção do envelhecimento da pele, na regeneração do fígado, em inflamações gerais do corpo e na redução das taxas de triglicerídeos no sangue.

Planta arbustiva indicada para o tratamento de reumatismo e artrose. Foto: Maurício Mercadante

A canela-de-velho é, certamente, um valioso recurso medicinal da flora brasileira, com amplas aplicações na medicina tradicional e potencial para o desenvolvimento de novos medicamentos. Suas propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antioxidantes a tornam uma aliada no tratamento de diversas condições de saúde, contribuindo para o bem-estar e a qualidade de vida.

As folhas da canela-de-velho possuem aspecto de couro, recobertas por uma espécie de penugem, de cor verde-escura, com nervuras salientes e 5 veias paralelas. A parte inferior das folhas apresentam cor esbranquiçada ou acinzentada. Foto: Maurício Mercadante

Algumas referências bibliográficas

  1. DE SOUZA CORRÊA, José Guilherme et al. Perfil químico, propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do extrato de frutos de Miconia albicans (Sw.) Triana (Melastomataceae). Revista de Etnofarmacologia,  v. 273, p. 113979, 2021.
  2. DOS REIS, Juliana Morais et al. Avaliação da atividade antioxidante e fotoprotetora da espécie Miconia albicans. Cuadernos de Educación y Desarrollo , v. 8, pág. e9178-e9178, 2025.
  3. FEITOZA, Marilua de Carvalho. Plantas Antibióticas. Ed. 1, São Paulo, Editora Europa, 2024.
  4. LOPES, Thays Milena Silva Lopes Silva et al. Potencial farmacológico da canela-de-velho (Miconia albicans): Uma revisão integrativa. Revista Colombiana de Ciencias Químico-Farmacéuticas , v. 1, 2023.
  5. UCHÃ, Luciana et al. Estudo morfo-anatômico, triagem fitoquímica, avaliação da atividade antimicrobiana do extrato bruto e frações das folhas de Miconia albicans (Sw.) Triana. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, v. 8, n. 2, p. 372-391, 2019.

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